DICA LITERÁRIA | “A Revolução dos Bichos” de George Orwell





Parafraseando Nélson Johr Garcia, “George Orwell foi um libertário”.


Publicado originalmente em 1945, Animal Farm (adaptado para o português como “A Revolução dos Bichos”) é tão atual que poderia ter sido escrito ontem.

Trata-se de uma sátira a sociedade, sistemas de governo, autoritarismo, manipulação, militarismo, dentre outros assuntos. Na estória, animais de uma granja se organizam para expulsar a autoridade humana e viverem livres como uma sociedade onde trabalhassem apenas para eles mesmos. Sem injustiças ou desigualdades, muito menos hábitos humanos. Viveriam do próprio suor e da partilha do bem comum.

Isso chega a acontecer? Sim, mas só até alguns animais adquiriram hábitos humanos como querer estar acima dos outros e a prática da violência. Com isso acaba-se distorcendo aos poucos todos os princípios cujo os bichos acreditavam, os levando a uma situação não muito diferente da que viviam antes.

O problema de se criar uma revolução entre animais, é que, como todos sabem, são seres irracionais. Alguns tem a memória curta, outros tem a memória ainda mais curta, alguns nem pensam direito. Por esta razão, maldosos animais, como memória e inteligência superior as dos demais, os manipulavam e os enganavam, sem que os pobres bichos percebessem. Alguns ao perceberem, não se opuseram por medo. Mas uma das questões da metáfora é como o ser humano, sendo um ser superior capaz de pensar e lembrar-se das coisas, se submete a situações semelhantes a do livro.

Não é uma estória confortável. Embora os personagens sejam simpáticos animais, a trama é muito tensa, cheia de crueldade e injustiça. Nada melhora, apenas piora a cada página. Porem a excelente narrativa de George Orwell prende o leitor até o fim.
No Brasil, o livro foi publicado pela editora Companhia das Letras.



Leitura recomendada. Merece cinco Unis.


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