MÚSICA | Entrevista com Ricardo Martins, do Marsara
Se você só olha o rock pelo mainstream, não tá vendo nada, pois como mostrado neste recente Grammy, o mainstream não liga tanto pro rock. Mas o underground sempre esteve aí, lindo e maravilhoso, trazendo bandas incríveis e inventivas, que não deixam esse gênero saturar. E é uma delas que convido você a conhecer agora. Nesta entrevista com o músico Ricardo Martin, falamos sobre sua banda, a Marsara, que faz uma mistura de rock alternativo shoegaze, com uma vibe j-rock que você precisa ouvir.
Como você apresenta a banda?
Geralmente eu falo que a gente toca rock alternativo, mas tento mandar uma referência próxima do que a pessoa já conheça. Pode ser até referência não musical, como descrever os sentimentos das músicas, mas é mais ou menos por aí.
De qualquer forma, a Marsara é uma banda de rock alternativo, só que tem feito umas músicas que flertam muito com shoegaze e anos 90.
Como funciona o processo criativo, a julgar as diferentes influências entre os membros da banda?
Num geral eu faço muitas demos e vou mandando pra eles ouvirem e dando os pitacos. Se não acontece uma empolgação geral, eu vejo que a música não tá muito boa pra aquele momento e deixo pra depois.
Eu acho que nós 3 gostamos de coisas muito parecidas e tem umas bandas que unem os nossos gostos, como o Luna Sea, Misfits, The Cure ou Deftones. Acho que facilita muito quando a gente quer explicar um pro outro algum pedaço de música e a gente fala "isso é que nem aquela batida da música tal do Deftones!".
O que te inspira a fazer música?
Eu vejo a música como terapia também sabe? Já tentei sair dela, já tentei diminuir o ritmo, mas eu gosto dessa empolgação de criar demos, lançar música, lançar vídeo, fazer show. Eu gosto demais. Acho que também passamos muito tempo assistindo vários artistas de rock e eu em particular, assisti muitos artistas que me inspiraram na vida como um todo. Isso me motiva demais a fazer música, fora que eu acho que na música a gente pode colocar mensagens que atinjam as pessoas. Você pode estar no seu quarto escrevendo sozinho, mas aquela mensagem um dia vai fazer sentido pra alguém e se essa pessoa parar uns minutinhos pra refletir e tirar algo de bom pra sua vida, acho que já vale a pena fazer música.
Como você vê o underground hoje, e quais as maiores dificuldades de manter banda?
O underground hoje em dia tá ótimo em variedades de bandas e eventos, mas ainda é algo que não é rentável. Muita gente tem que se virar pra fazer shows, pra fazer tour, por menor que seja e nem é todo mundo que consegue. Eu gosto da ideia de que temos muitos artistas ótimos no Brasil que surgiram sei lá, nos últimos 10 anos com um boom do underground mais alternativo. Acho que a maior dificuldade de manter banda muitas vezes é conciliar o tempo da vida pessoal com trabalho e carreira musical. Muitas vezes a agenda não bate e as bandas acabam se tornando um pouco mais inativas.
O que tem de mais chato em se ter uma banda?
A parte mais chata de ter banda é a demora que você tem pra fazer qualquer coisa. Tudo é um processo lento, ainda mais se depende dos outros. Só a Marsara demorou mais de 1 ano pra lançar o último single, Minuano, por conta de demoras e burocracias que a gente não tinha tanto controle.
Como conciliar com a banda com seus outros projetos?
Nós 3 tínhamos uma banda anterior, chamada Allumina que a gente tá afim de gravar umas músicas novas pra comemorar os 10 anos de banda. Por enquanto não toma tempo e dá pra conciliar de boa, até porque estamos num estágio muito inicial com ela.
Como tem sido a recepção do público?
Antes as pessoas não prestavam tanta atenção na gente, mas depois do lançamento da Minuano e a frente fria depois do calor, percebemos que tem muito mais gente que parou pra ouvir a música e viu que dá pra apostar as fichas. Eu particularmente fiquei muito feliz com os feedbacks que recebemos depois desse último lançamento e eu quero muito que os próximos continuem subindo e que mais pessoas prestem atenção na gente.
Costuma planejar o futuro, ou deixa acontecer naturalmente?
Já planejei muito, mas hoje em dia eu acho que a boa é planejar as coisas a curto prazo. Assim a gente não fica muito frustrado num geral.
O que cê tem ouvido pra indicar?
Nossa, eu tenho ouvido muito she, The Novembers, Teenage Wrist e tô revisitando bandas que eu ouvia muito antigamente como Coaltar of the Deepers, The Cure, Jesus and Mary Chain e My Bloody Valentine. Acaba que essas bandas volta e meia estão na minha playlist. Indico vocês ouvirem tudo isso, principalmente as 3 primeiras citadas porque não gosto de gostar das bandas sozinho.
Alguma dica pra quem tá começando?
Eu acho que é pegar aquela motivação inabalável do começo e transformar em coisas boas. Deixar treta de lado, treinar instrumento, se focar na sinceridade. Acho que isso acaba sendo dica pra todo mundo, não só iniciantes.
Por ultimo, mas não menos importante, qual seu lanche favorito?
Eu fico entre pizza e tapioca. Uma tapioca bem recheada vale tanto quanto uma pizza pra mim e ainda é mais saudável!
Pizza é bom demais e eu acho que é a comida mais democrática que existe.
Como você apresenta a banda?
Geralmente eu falo que a gente toca rock alternativo, mas tento mandar uma referência próxima do que a pessoa já conheça. Pode ser até referência não musical, como descrever os sentimentos das músicas, mas é mais ou menos por aí.
De qualquer forma, a Marsara é uma banda de rock alternativo, só que tem feito umas músicas que flertam muito com shoegaze e anos 90.
Como funciona o processo criativo, a julgar as diferentes influências entre os membros da banda?
Num geral eu faço muitas demos e vou mandando pra eles ouvirem e dando os pitacos. Se não acontece uma empolgação geral, eu vejo que a música não tá muito boa pra aquele momento e deixo pra depois.
Eu acho que nós 3 gostamos de coisas muito parecidas e tem umas bandas que unem os nossos gostos, como o Luna Sea, Misfits, The Cure ou Deftones. Acho que facilita muito quando a gente quer explicar um pro outro algum pedaço de música e a gente fala "isso é que nem aquela batida da música tal do Deftones!".
O que te inspira a fazer música?
Eu vejo a música como terapia também sabe? Já tentei sair dela, já tentei diminuir o ritmo, mas eu gosto dessa empolgação de criar demos, lançar música, lançar vídeo, fazer show. Eu gosto demais. Acho que também passamos muito tempo assistindo vários artistas de rock e eu em particular, assisti muitos artistas que me inspiraram na vida como um todo. Isso me motiva demais a fazer música, fora que eu acho que na música a gente pode colocar mensagens que atinjam as pessoas. Você pode estar no seu quarto escrevendo sozinho, mas aquela mensagem um dia vai fazer sentido pra alguém e se essa pessoa parar uns minutinhos pra refletir e tirar algo de bom pra sua vida, acho que já vale a pena fazer música.
Como você vê o underground hoje, e quais as maiores dificuldades de manter banda?
O underground hoje em dia tá ótimo em variedades de bandas e eventos, mas ainda é algo que não é rentável. Muita gente tem que se virar pra fazer shows, pra fazer tour, por menor que seja e nem é todo mundo que consegue. Eu gosto da ideia de que temos muitos artistas ótimos no Brasil que surgiram sei lá, nos últimos 10 anos com um boom do underground mais alternativo. Acho que a maior dificuldade de manter banda muitas vezes é conciliar o tempo da vida pessoal com trabalho e carreira musical. Muitas vezes a agenda não bate e as bandas acabam se tornando um pouco mais inativas.
O que tem de mais chato em se ter uma banda?
A parte mais chata de ter banda é a demora que você tem pra fazer qualquer coisa. Tudo é um processo lento, ainda mais se depende dos outros. Só a Marsara demorou mais de 1 ano pra lançar o último single, Minuano, por conta de demoras e burocracias que a gente não tinha tanto controle.
Como conciliar com a banda com seus outros projetos?
Nós 3 tínhamos uma banda anterior, chamada Allumina que a gente tá afim de gravar umas músicas novas pra comemorar os 10 anos de banda. Por enquanto não toma tempo e dá pra conciliar de boa, até porque estamos num estágio muito inicial com ela.
Como tem sido a recepção do público?
Antes as pessoas não prestavam tanta atenção na gente, mas depois do lançamento da Minuano e a frente fria depois do calor, percebemos que tem muito mais gente que parou pra ouvir a música e viu que dá pra apostar as fichas. Eu particularmente fiquei muito feliz com os feedbacks que recebemos depois desse último lançamento e eu quero muito que os próximos continuem subindo e que mais pessoas prestem atenção na gente.
Costuma planejar o futuro, ou deixa acontecer naturalmente?
Já planejei muito, mas hoje em dia eu acho que a boa é planejar as coisas a curto prazo. Assim a gente não fica muito frustrado num geral.
O que cê tem ouvido pra indicar?
Nossa, eu tenho ouvido muito she, The Novembers, Teenage Wrist e tô revisitando bandas que eu ouvia muito antigamente como Coaltar of the Deepers, The Cure, Jesus and Mary Chain e My Bloody Valentine. Acaba que essas bandas volta e meia estão na minha playlist. Indico vocês ouvirem tudo isso, principalmente as 3 primeiras citadas porque não gosto de gostar das bandas sozinho.
Alguma dica pra quem tá começando?
Eu acho que é pegar aquela motivação inabalável do começo e transformar em coisas boas. Deixar treta de lado, treinar instrumento, se focar na sinceridade. Acho que isso acaba sendo dica pra todo mundo, não só iniciantes.
Por ultimo, mas não menos importante, qual seu lanche favorito?
Eu fico entre pizza e tapioca. Uma tapioca bem recheada vale tanto quanto uma pizza pra mim e ainda é mais saudável!
Pizza é bom demais e eu acho que é a comida mais democrática que existe.
Você pode encontrar a banda em: Youtube, Bandcamp, Spotify, Deezer, Instagram e Facebook.
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