DICA DE QUADRINHO | “Persépolis” de Marjane Satrapi




Na infância, Marjane Satrapi sonhava em ser profeta. Acabou sendo muito mais que isso. Ela mostrou ao mundo sua história junto com a realidade de seu país.

Satrapi é uma iraniana nascida em 69 que acompanhou várias transições na política, repressões, revoltas e guerras em seu país. Após estudar belas-artes e mudar-se para a França, fez algo que jamais seria permitido no Irã (ela seria presa ou até executada por isso), biografou sua história em quadrinhos revelando tudo o que os iranianos sofreram e o quanto a republica islâmica era radical, fanática e repressora.

Persépolis é um drama real e emocionante que dá voz, não só a autora, mas a todos os iranianos que não tem voz. E não só eles, também a vários outros habitantes de países que sofrem algum tipo de ditadura, mostrando o que passam e como são privados de todo tipo de liberdade.

Falar mais sobre a HQ sem dar alguns spoilers é bem difícil, vários pontos da história tem uma ampla porta para discussões, debates e reflexões. Sobre muitas coisas, não apenas política, guerra e religião, mas temas como feminismo e homossexualidade também são abordados Portanto prefiro que vocês se deparem com estas questões quando lerem a obra.

Arrisco dizer que Marjane, ao não se tornar uma profeta, realizou seu sonho de infância da melhor forma possível. Leia, indique, espalhe essa palavra.





NOTA: 5 Unis apenas por ser a nota máxima, mas merece um infinito de gatas cósmicas.



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