ENTREVISTA COLETIVA | Blogs #03


A excursão pelo universo em busca de conhecimento com outros seres continua. Novamente nos reunimos com outros blogs para dividir experiências pelo universo blogosférico.
Caso você não saiba, temos outras duas entrevistas semelhantes, obviamente a #01 e a #02. Mas vamos logo começar a terceira.

  • Olá, tudo bem? Quem é você?

Olá! Meu nome é Carla Duarte e tenho um blog, o Cabeça Tédio

Meu nome é Vilto Reis, tenho 23 anos e nasci e resido em Blumenau. Sou graduado em Publicidade e Propaganda e trabalho no setor de comunicação de uma imobiliária, além dos projetos online, como o site Homo Literatus, o Podcast de Literatura 30:MIN, a Revista Pulp Fiction, uma série semanal de vídeos com dicas de escrita e a Editora Nocaute. Agora também estou me preparando para publicar meu primeiro romance: Um gato chamado Borges.

Lucien o Bibliotecário, principal administrador do Leitor Cabuloso.

Oi pessoal, eu sou a Raquel Moritz do Pipoca Musical Tenho 25 anos, sou publicitária, moro em Blumenau/SC, sou mais alta do que as pessoas pensam (ao menos é o que eu ouço 90% das vezes que conheço algum inscrito pessoalmente, hahaha).


  •  Você tem um blog? Que legal! Como se chama e do que se trata?

CarlaCabeça TédioNo blog escrevo sobre a comunidade punk feminista, cultura pop a partir de uma perspectiva feminista e principalmente sobre música faça-você-mesma feita por mulheres.

Vilto: O Homo Literatus começou como um blog. Hoje conta com mais de 50 colaboradores espalhados por todo o Brasil. Aborda a literatura de um jeito acessível. Mesmo os livros tidos como mais difíceis, no site são apresentados de um jeito que o público possa absorvê-los.

Lucien: Sou administrador do Leitor Cabuloso: um site sobre literatura. Lá tentamos produzir conteúdos para leitores, como notícias, resenhas, críticas... Como procuramos produzir conteúdos para quem gosta de escrever como colunas, os vídeos e os podcasts.

Raquel: Tenho sim, o Pipoca Musical. É um espaço para falar de livros, quadrinhos, filmes, séries e músicas. Não costumo perder tempo falando do que não gosto, então compartilho resenhas e dicas de coisas que adorei.




  • O que te levou a querer ter um blog, e como ele surgiu?


Carla: Sempre gostei muito de ler. Quando tive o primeiro contato com o punk e descobri os zines, comecei a fazê-los e a praticar este tipo de escrita zineira. Isso me levou à graduação em Jornalismo, embora hoje eu perceba que jornalismo e escrever não são, necessariamente, coisas tão parecidas assim.

Vilto: Em 2011, participei do Festival de Publicidade de Gramado, onde assisti a uma palestra de Thiago Mattos, da escola de criatividade Perestroika, de Porto Alegre. O título da palestra era “Vai lá e faz.” Voltei com essa ideia na cabeça. Me perguntei sobre o que gostaria de produzir um blog. Não houve dúvidas, a resposta foi literatura.

Lucien: Na verdade quem surgiu primeiro foi o nosso principal podcast, que é CabulosoCast. É em tom de brincadeira que digo que em um dia de ócio, uma voz mediúnica me soou como uma pergunta que dizia: "Como se faz um podcast?" a partir de uma rápida pesquisa no google e alguns tutoriais nasceu o CabulosoCast. O Leitor Cabuloso surgiu depois quando minha irmã começou a pesquisar por outros sites que falassem de literatura e descobrimos que eles fazia resenhas, produziam vídeos, publicavam notícias... e nós decidimos seguir esse caminho.

Raquel: Eu sempre me metia em alguma rede social, antes de sequer saber o que era rede social online. Eu tinha um flogão (não está mais no ar, ainda bem) onde compartilhava comentários sobre filmes que eu via, porque eu alugava muita coisa toda semana, vivia enfiada no quarto assistindo de tudo. Isso foi muito tempo atrás, aí em 2011 abri o Pipoca Musical pra compartilhar essas coisas de novo, só que de maneira mais estruturada.


  • Como foi no começo?

Carla: Foi ruim. Eu não escrevia muito bem – não que hoje seja exímia na escrita – mas gostava do ato da escrita e de insistir nisto. Sou uma pessoa que desde a adolescência mantém diários, então para mim a escrita sempre esteve presente, de uma forma ou de outra.


Vilto: Perguntei em meu Facebook pessoal se alguém topava escrever semanalmente para um blog de literatura. Fiquei surpreso com os retornos. Seis pessoas se manifestaram e toparam a ideia comigo. Ainda assim, o projeto tinha pouca visibilidade e não era levado a sério. Somente em 2012, quando reformulamos o design e criamos um projeto editorial melhorado, tornando o blog em site, é que o Homo Literatus passou a ser visado.

Lucien: Eu poderia dizer que foi difícil, usando o verbo no passado, mas isso seria mentira. É difícil. Cada ano representa perdas e conquistas. No começo, éramos apenas eu, Serena (minha irmã) e Sem nome (meu irmão caçula), contudo já acabava sempre fazendo mais do que os outros. E acho que assim tem que ser mesmo. O administrador sempre fica sobrecarregado.

Raquel: Foi tranquilo, sempre olhei para o Pipoca Musical como um hobby, uma forma de compartilhar as coisas que eu gostava e nunca dei muita bola pra números de nenhum tipo. Como eu não tinha expectativa de viver de blog, ter milhões de acessos e seguidores, sempre fui levando na boa.


  • Já pensou em largar?


Carla: Já pensei em parar de atualizar o blog e deixá-lo no mar morto dos blogs. Mas até agora não fiz isto.

Vilto: Sim, principalmente no começo.

Lucien: Todos os anos. Do começo até hoje sempre penso que será o último. Como disse não é um trabalho fácil. Gerar conteúdo sem possuir retorno financeiro não é fácil.

Raquel: Largar, não, mas pausar, já. Até porque tive algumas mudanças bem grandes na minha carreira profissional ao longo desses 5 (quase 6) anos de blog, então nem sempre eu tinha tempo pra me dedicar do jeito que eu realmente queria. No início ninguém notava quando eu sumia por umas 3 semanas, hoje é diferente, a galera cobra.


  • Quais são as maiores dificuldades?


Carla: Acreditar em si mesma. No início eu dependia muito mais da opinião das pessoas a respeito da minha escrita. Em algum momento eu parei de me preocupar com isso e apenas continuei. Depois, encontrei uma pessoa que acredita muito em mim e falou isso repetidas vezes, até eu finalmente acreditar que meu texto era de alguma forma relevante ou interessante.

Vilto: Produzir material e às vezes não ter nenhum feedback era bem frustrante. Mas por causa das parcerias e da evolução do projeto, nunca desisti. Hoje sei que foi a melhor decisão que tomei.

Lucien: Acho que a maior dificuldade é quanto a estabilidade. Um blog/site/podcast/canal no youtube que não cresce, que não alcança números maiores para se tornar competitivo e atraente para publicidade, acaba que se tornando um fardo. Você ama, sente prazer diante daquilo, mas sempre se pergunta: até quando? Até quando vou fazer isso sem nenhuma perspectiva de retorno. Mesmo que as pessoas digam que não desejam receber, e que fazem isso por prazer, não deixa de ser frustrante perceber que o seu trabalho não possui o resultado de tantos outros. E temos que ser conscientes disto: o número de sites, blogs, podcasts, canais, hoje é muito grande sim, logo há uma briga, mesmo que informal pela atenção deste público.

Raquel: A maior dificuldade é conciliar o tempo de dedicação ao blog com outras coisas do dia a dia. Eu trabalho e viajo bastante por conta disso, tenho um gato pra cuidar, tenho marido, casa, mercado pra fazer, sono pra deixar em dia, inúmeras séries para ver, a realidade é essa mesmo, e equilibrar tudo nem sempre é fácil.



  • Então o que te faz continuar?


Carla: Minha motivação é compartilhar minhas percepções sobre música, punk e feminismo e descobrir coisas novas com quem gosta do blog. Minhas inspirações são, Camila Puni e Juno Griz, duas zineires que têm uma escrita fantástica e zines belíssimos. Newsletters escritas por mulheres, como, a da Aline Valek, Letícia Arcoverde e Juju Gomes, que sempre acrescentam coisas novas e pertinentes. Acho que as inspirações relacionadas à escrita atualmente são estas.

Vilto: Projetos. Sou feito deles. Gosto daquele friozinho na barriga que precede o momento em que vamos disponibilizar um novo conteúdo. E depois verificar se deu certo. Se não deu, onde erramos. E fazer melhor da próxima vez.

Lucien: As pessoas que acessam o site e que trabalham nele. Depois de algum tempo você percebe que não tem mais leitores/ouvintes. A relação transpassa, acaba virando uma grande família mesmo. Existe um público que passa a querer saber o que você acha daquele assunto. Várias pessoas podem falar daquilo, porém a sua opinião é a aguardada. Não importa se sua audiência é de 1, 10, 20, 50, 100, 1000, 10000, 1 milhão, o seu público está lá por sua causa e é por isso que você continua.

Raquel: O Pipoca Musical é o meu cantinho, é o lugar onde eu exercito ainda mais meu pensamento crítico, o lugar onde posso trocar ideias com outros leitores, pegar dicas, ver coisas diferentes nas obras que li, etc. Fora que o blog já me trouxe muita coisa positiva - oportunidades profissionais, leitores que se tornaram amigos próximos, a chance de conhecer novos lugares e mais um monte de coisa boa. A lista é grande.



  • Qual a pior coisa que o blog já enfrentou?


Carla: A pior parte de ter um blog é ver que outra mulher copiou um texto seu ou se inspirou tanto na sua escrita que deixou o texto dela estranho. Cito estes dois exemplos pois ambos – infelizmente – aconteceram comigo. A melhor coisa de escrever é perceber a mudança. A de quem escreve e da comunidade ao redor. E claro, ajudar a criar memórias.

Vilto: O de sempre na internet, ficar fora do ar por problemas no servidor. É de deixar a careca mais precoce.

Lucien: Não sei dizer qual seria a pior. Meu pai faleceu e passei um tempo para escrever, mas não considero isso pior para o site. Foi um momento difícil, mas não involve diretamente o Leitor Cabuloso. Contudo o tempo é o pior. Querer realizar projetos, fazer coisas e não possui tempo para executá-los é frustrante. Ficar lutando para conciliar sua vida pessoal - que tem demandas próprias - com o seu blog/site/podcast/canal.

Raquel: Hoje em dia eu já nem considero grande coisa, mas na época me irritei muito. Fiz uma campanha para que outros leitores dessem livros de terror para os amigos no Halloween e, para incentivar, eu mesma investi uma grana comprando um monte - um monte - de livros e brindes para criar kits legais e postar nos Correios depois. Nem quero lembrar quanto gastei na brincadeira, mas lembro e uma leitora que ficou decepcionadíssima com o kit dela porque - adivinha só - não tinha um fucking marcador de páginas. Nem sei dizer o quanto aquilo me chateou porque o foco da brincadeira não era marcador, obviamente, era compartilhar boas histórias e ela nem sequer gostou do livro dela porque era uma edição simplinha "e pobrinha". Sério, foi trevas.



  • Como você atrai leitores? Como funciona a divulgação do blog?


Carla: Fazer listas é uma grande forma de atrair leitores. Este é um dos meus maiores aprendizados em relação a ter um blog. Mantenho uma página no Facebook e um perfil no Instagram. Toda vez que o blog é atualizado, posto nas redes sociais para ajudar a divulgar. Não faço nenhum investimento financeiro para divulgar e não ganho dinheiro com o blog.

Vilto: Não existe muito uma fórmula mágica. O Homo Literatus foi crescendo pela persistência e a qualidade do seu conteúdo. Em resumo, um “marketing de conteúdo”, visto que não temos uma verba para investir em mídias sociais etc. É puro boca a boca, nada empurrado goela baixo. Nosso público acredita na gente e compartilha nosso conteúdo.

Lucien: Nunca pensei muito nisso. Só fui fazendo as coisas. Até parece o contrário. Quando procuro um conteúdo com foco no público a resposta é zero; porém quando produzo um conteúdo um conteúdo sem nenhuma expectativa de retorno ele se destaca. Isso dificultou/dificulta um monitoramento do perfil do público do Leitor Cabuloso.
Mas aprendi algo com o tempo. É importante investir também no mundo off-line. Coisa que por sinal sempre fui péssimo em fazer.
Uso principalmente as mídias sociais. Twitter, facebook e instagram.


Raquel: Fiquei muito tempo sem cuidar da divulgação do blog, só escrevendo e publicando e esperando que aquele conteúdo atraísse leitores do além, mas quando me formei, consegui um tempinho extra na rotina pra pensar em estratégias diferentes e comecei a navegar em outros blogs, conhecer gente nova, comentar por aí, usar melhor as minhas redes sociais, além de ter separado um dinheirinho para impulsionar os conteúdos no Facebook. Hoje eu já não invisto mais, só em casos muito especiais.



  • Como manter esses leitores? Como é a relação com o público?


Carla: Acho que a principal forma de manter o leitor próximo de você é manter alguma periodicidade de atualização. Ter algum traço de personalidade na escrita também é interessante, porque algumas pessoas se afeiçoam a esta característica e estão sempre por perto, também para compartilhar. Minha relação com quem lê o blog é tranqüila. Tento responder todos, interagir, fazer perguntas -pois realmente quero saber a resposta. Já me aproximei de algumas leitoras e conheci pessoas super legais e esta é sempre a melhor parte de ter um blog há tantos anos. 

Vilto: Procurar conversar com eles de uma maneira próxima. Não somos um veículo de jornalismo da velha escola, da televisão ou do jornal. Somos gente igual a eles, ou melhor, nós somos eles, não há diferença. A comunicação é horizontal, não vertical. E, claro, o leitor quer sempre mais. Como lançamos muitos projetos, o público vê nosso trabalho e apoio, continua seguindo.

Lucien: Eu não tenho uma resposta categórica, pois como disse nunca pensei nisso, apenas fui fazendo. Contudo, se há algo que imagino que serve como uma dica é o fato de que sempre procurei - na medida do possível - respeitar os meus leitores no site e fora dele. Seja respondendo aos comentários, no começo sempre respondia a todos.
Eu sou professor, logo não sei de tudo o que significa que tenho muito a aprender com quem frequanta o site e preciso ficar atento as críticas. Mesmo as mais pesadas procuro mostrar respeito por quem o fez. Detesto ficar trocando farpas. “Certo, você acha que deveria melhorar nisso? Procurarei fazer o máximo para chegar nesse ponto. Obrigado por expor sua opinião.”. É isso.

Raquel: Atenção é a palavra chave. Estar presente, interagir, dar retorno.



  • Que dica você daria para quem está começando?


Carla: Acredite em você mesmo. Escreva, revise. Escreva, revise. Escreva, revise. Acredite no seu texto e no tema que você está tratando. Quanto mais verossímil for, mais há uma conexão entre as pessoas. Faça por você mesma.  

Vilto: Primeiro, comece pelo Youtube. Hoje é o caminho mais fácil de atingir um público maior. Embora isso não queira dizer que vai ser fácil. Segundo, mantenha a frequência de postagens. Faça isso por uns anos, ou procure outra coisa para fazer. É a vida.

Lucien: É redundante, mas aqui vai: faça porque quer, porque é divertido, porque você gosta do que está fazendo. Se fizer apenas por dinheiro pode acabar se frustrando. Os resultados podem não surgir no tempo que deseja, podem vir de uma forma que não deseja.

Raquel: A mesma da pergunta anterior. Atenção e carinho mudam tudo.


  • Afinal, pra que ter um blog?


Carla: Para criar memórias. A comunidade punk feminista passa por momentos de hiato latentes. Os zines e blogs desta comunidade registram sua própria história, criam memórias e materializam a existência de um grupo de mulheres que resiste.

Vilto: Se for para fazer porque todo mundo está fazendo, esqueça. Mas se for para encontrar uma comunidade que também se interessa por um assunto que você gosta, então vale à pena.

Lucien: Essa é uma das questões que mais discuto informalmente. Como disse em meio a tantas pessoas produzindo conteúdo, muitos sobre os mesmos temas, porque produzir algo que pode ser encarado como só mais um entre tantos? Quem pode responder é o Neil Gaiman quando foi questionado sobre o mesmo assunto. A resposta dele foi: “Só você pode fazer o que faz do seu jeito. Ninguém pode fazer o que você faz a não ser você.”; Tenha um blog do seu jeito. E faça as coisas do seu jeito. Exponha o conteúdo da sua maneira. Se você deseja criar um blog literário se pergunte: o que eu não gosto nos blogs literários e use isso como diferencial.

Raquel: Sinceramente? Ter um blog demanda tanto tempo, tanta dedicação e carinho que você precisa - no mínimo - ser apaixonado por isso. Acho muito produtivo você monetizar seu espaço, você pode e deve pensar em um retorno (seja ele qual for), mas se for abrir blog só pra ganhar marcador de página e livro de graça, melhor poupar seu tempo e assistir um filme. Sempre fui muito firme nisso porque a internet está cheia de blogs-caça-brindes e isso não gera nenhum vínculo real. Cada um abre o blog pelo motivo que quiser, claro, mas as pessoas notam quando você só quer largar um SEGUE DE VOLTA nos comentários.


  • O que tem no seu blog, e o que você deseja acrescentar?


Carla: Já escrevi muito sobre música. Ainda quero escrever de forma que me agrade sobre seriados e cinema, outro tema que me interessa bastante. Me interesso também por aprender a escrever roteiros.

Vilto: Matérias, resenhas, críticas, ensaios, vídeos e podcasts. Se eu contar o que desejo acrescentar, vai estragar a surpresa.

Lucien: O conteúdo em si do site além de resenhas, notícias, críticas sobre filmes, animes, mangás e quadrinhos tem como foco principal o CabulosoCast que é nosso podcast literário. É o nosso carro-chefe. Iniciamos um canal no You tube, mas fizemos uma pausa para reavaliar nossas metas.

Raquel: O que tem: Resenhas, vídeos, playlists, listas, sorteios. O que gostaria de acrescentar? Acho que tá tranquilo. Uma época queria falar de séries também e hoje achei o formato que eu acho bacana pra isso.


  • Se o mundo acabasse amanhã, qual seria seu ultimo post?


Carla: Meu último post, ou um post que quero muito fazer, é sobre bandas punks/independentes com mulheres negras em sua formação. Está no meu planejamento do blog e vou fazer este post ainda. 

Vilto: Uma lista sobre os livros que não deu tempo de ler. Seria triste.

Lucien: Acho que seria uma lista de livros curtos para ler antes do mundo acabar.

Raquel: Um vídeo sobre o penúltimo arco de Sandman, Entes Queridos, agendado para breve. Acho que é um bom legado.


  • Você tem outros projetos além do blog, ou pretende ter?


Carla: Faço parte do Coletivo Tiamat, já tive projetos musicais. No futuro gostaria de me aventurar pelo universo dos roteiros e criar clipes de bandas dos meus amigos. 

Vilto: Meu foco agora é meu romance Um gato chamado Borges. O livro foi finalista do Prêmio Sesc de Literatura, mas não consegui publicar por nenhuma editora, só recebi propostas esquisitas. Então resolvi eu mesmo criar a Editora Nocaute, junto com o escritor Maik Barbara, não só para me publicar, mas também ajudar outros escritores que passaram e passam pelo mesmo que eu. O projeto do livro está no Catarse (www.catarse.me/ajudeogato) e, ao que tudo indica, será publicado nos próximos meses.

Lucien: Não possuo outros projetos.

Raquel: Tenho o Vórtice Fantástico, um projeto que agrega clubes do livro de ficção científica e fantasia pelo país. Por falta de tempo o projeto não está abrindo novos grupos, mas atualmente tem 13 cidades brasileiras com grupos ativos. Inclusive eu participo de um na minha cidade e é ótimo, o grupo começou com o intuito de se reunir pra falar de livros e hoje já tem uma amizade entre todo mundo.  Também faço eventos na minha cidade com regularidade, encontros literários, debates sobre cinema, etc.



  • Quais outros blogs você indica?

Carla: Gosto muito do blog/site da Aline Valek, do Spoilers, que é sobre séries e cultura pop, do site da Capitolina. Acho que é isso, tem outras coisas mas que é difícil de lembrar de cabeça. hehe.

Vilto: Gosto bastante da Obvious, do Papo de Homem, do Anticast, do Collant Sem Decote, entre outros.

Lucien
Pausa Para um Café
Homoliteratus
Literatortura
Sobre Livros

Raquel: Uuuffff, tem tantos! Acompanho bastante gente. Sou apaixonada pelo conteúdo gerado pela Adriana Cecchi, do blog Redatora de Merda. Ela é muito autêntica, divertida e, sinceramente, temos tanto em comum que é sempre interessante ler tudo o que ela posta. Também gosto demais do Universo dos LeitoresPausa Para um Café, Mudando de Assunto, Pronome Interrogativo, Não Apenas Histórias, Nerd Geek Feelings, Conto em Canto, entre outros taaaaaantos.



  • Por ultimo, Porque devemos acessar seu blog?


Carla: Vai ser muito legal ter pessoas novas no blog para conversamos. E freqüentemente há dicas de músicas por lá.

Vilto: Para curtir literatura de um jeito descolado, mas não superficial.

Lucien: Acho que nós leitores sentimos falta de um espaço para discutirmos sobre os livros que amamos. O Leitor Cabuloso é isso. Um espaço para falarmos com outros leitores sobre os livros que amamos.

Raquel: Se você gosta de quadrinhos, livros de terror, ficção científica e fantasia - e Neil Gaiman - eu sei que seremos bons amigos.



  • Muito obrigado. Até a próxima!


Carla: Obrigado pelo convite, Magdiel, sua iniciativa é bacana! Um salve para quem leu até aqui. 

Raquel: Eu agradeço







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