Arte Plástica moderna para além das vanguardas europeias: Renascimento do Harlem


"High Life, Harlem" (1940) de William H. Johnson

O Renascimento do Harlem surgiu na da década de 20 nos EUA, como resposta aos movimentos e leis de segregação racial. O Harlem, bairro de Manhatan, NY, se tornou o centro do movimento após receber uma grande migração de famílias negras.

Este movimento artístico tinha como característica narrar a realidade negra sem o viés racista da cultura blackface, reivindicando sua voz e história. Artistas de diversos seguimentos, como o teatro, a poesia e a música ganharam notoriedade neste período.

Um exemplo foram os artistas do blues e jazz, como Louis Armstrong. Aqui, porém, o foco serão os artistas plásticos do período.


Apesar da pluralidade de estilos, o movimento tinha temas bem definidos, como por exemplo, as esculturas de Meta Warrick, que através de sua obra buscou desassociar a imagem da Africa apenas com a escravidão. Uma des suas obras de destaque é "The Awakening of Ethiopia" de 1921.


O mesmo tema também foi trabalhado na obra Ascent of Ethiopia (1932) de Lois Mailou Jones.


Outros artistas optaram por exaltar a cultura musical como nas obras Congo e Charleston (1928) de Aaron Douglas.



Outros retrataram os trabalhadores. Abaixo a gravura Builders (1928) de James Lesesne Wells (...)


(...) e a pintura The shoemaker de (1945) Jacob Lawrence.


E houve também artistas que denunciaram a violência sofrida por aquela população como Norman Lewis na obra Police Beating de 1943.

Estes são apenas alguns exemplos da vasta obra produzida pelo Renascimento do Harlem, que infelizmente perdeu sua força após a Grande Depressão, mas, principalmente, sofreu apagamento diante de diversos movimentos artísticos majoritariamente brancos.



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