DICA LITERÁRIA | 'Laranja Mecânica' de Anthony Burgess


“A Clockwork Orange,” ou “Laranja Mecânica,” é bastante conhecido por uma adaptação cinematográfica feita por Stanley Kubrick em 1971, que eu nunca assisti. Porém, sempre ouvi liudes dizendo que era um filme muito horrorshow, considerado um clássico e essa quel toda. Por outro lado, eu resolvi ler o livro antes de videar o filme, então, caso você só tenha videado o filme, saiba que minha opinião não é sobre ele.

A princípio, eu não achei um livro lá muito horrorshow. Ele é repleto de ultraviolência, e a ultraviolência é algo que me desagrada, ó meus irmãos. Porém, a narrativa e a forma como a história é contada me fez querer continuar e ter vontade de saber no que iria resultar tudo aquilo que acontecia. Ao chegar na terceira parte do livro (ele é dividido em três partes), compreendi o que o autor quis passar, o que me deu motivo para considerar Laranja Mecânica um bom livro.

Entrando agora na história, começamos obviamente pela parte 1, onde conhecemos Alex, nosso humilde narrador. Como eu já citei antes, começamos o livro nos deparando com a ultraviolência praticada por Alex e seus druges, Pete, George e Tapado. Já avisando de ante-mão, é muita ultraviolência mesmo, ó meus irmãos. Acontece estupro (entra-sai-entra-sai), espancamentos (tolchoques), roubo e tudo mais. É um livro pesado, então, se você for uma liude fraca para essas coisas, é melhor nem dar uma videada. Vale destacar, desta primeira parte, a figura do Alex representando o elemento violência na natureza humana. A sede por destruição, o prazer em machucar e o aflorado e gredze desejo sexual. Resumindo, ele era uma pessoa horrível.

Pontos negativos: Não sei se foi culpa da tradução, mas houve repetição de palavras. Em alguns trechos, ocorre repetições de algumas gírias. Na minha opinião, o autor poderia ter usado um sinônimo ao invés de repeti-las. Uma coisa que dificultou um pouco minha compreensão foram as partes onde o autor, além de utilizar gírias para descrever um fato, também usou metáforas.A história é narrada por Alex, um vequezinho de apenas 14 anos, fã de música clássica e vestido no rigor da moda nadsate. Ele nos conta as provações de sua vida de maneira muito simpática, govoritando com o leitor assim como eu estou agora, ó meus irmãos. Apesar de ser muito jovem, Alex, o nosso humilde narrador, utiliza de uma linguagem formal misturada com uma gíria adolescente criada pelo autor com mais de duzentas expressões diferentes baseadas nas línguas inglesa e russa, algumas até usadas aqui nesta resenha por mim. No fim do livro existe um glossário com o significado de todos esses termos. Embora haja algumas gírias que são fáceis de entender. Eu li em epub, então imagine a dificuldade que eu tive pra ficar olhando algumas palavras no glossário.

O mundo está fedido porque deixam os moço baterem nos velhos, como vocês fizeram, e não existe mais lei nem ordem.”

Na segunda parte, nos deparamos com nosso druguinho Alex preso, ó meus irmãos. Ele, então, é pego como cobaia para um novo projeto do governo que visava a reabilitação de criminosos. Esse projeto consistia em fazer o prisioneiro, que se sentia muito horrorshow ao praticar ultraviolência, se sentir horrível e passar mal de praticasse, presenciasse, ou até mesmo pensasse no ato. Muito sofreu com isso, o nosso humilde narrador. Esta segunda parte levanta questões de ética, como a liberdade de escolha e a humanidade interior de cada um.

A bondade é uma coisa que se escolhe. Quando alguém não pode escolher, deixa de ser humano.“

Quanto à terceira parte, ó meus irmãos, eu prefiro não govoritar muito a respeito, para não entrar em mais spoilers. Nela contém questões de ética, política, sociedade e natureza humana. É um livro que vale a pena ser lido, a menos que você não seja de suportar ultraviolência.

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